O Brasil foi a última nação a abolir a escravidão, e não criou políticas públicas para a população preta, ao contrário, desenvolveu-se diversas políticas discriminatórias que foram implantadas por anos, pode-se pensar que, foi assim que se inicia o racismo estrutural no Brasil, e de lá para cá ele foi se fortalecendo cada dia mais, de uma forma tão natural que muitos reproduzem atos racistas sem nem perceber, seja nas falas, gestos ou olhares.
Não há dúvidas de que necessitamos de mais políticas públicas para podermos avançar, mas certamente, esta deve se dar por meio da educação. Para que as próximas gerações não sejam contaminadas, faz-se necessário que os brancos tomem como objetivo de vida a educação antirracista.
- O racismo não foi instalado pelo preto, bem como não é um problema do preto, mas sim do branco, e é por isso que cabe a eles se cercar de todo o conhecimento necessário a fim de não reproduzir e nem propagar o racismo.
Observe que, a população preta tem que conviver com as consequências desse sistema discriminatório instaurados há anos, estando fora do seu alcance o acesso aos meios eficazes para modificar as estruturas ora vigentes.
É preciso que a população branca se conscientize das suas responsabilidades e privilégios advindos dessa estrutura.
Em 2023, uma pesquisa realizada sobre as percepções das pessoas sobre o racismo no país mostra quem reconhece que existe racismo e quem reconhece ter atitudes racistas.
Uma análise rápida nos mostra que 60% da população concorda que nossa sociedade é racista, mas 75% discorda totalmente que tem atitudes racistas.
A pergunta é: como estas pessoas podem afirmar que o Brasil é racista, e não reconhecer suas práticas racistas?
Reconhecer que fomos educados, se assim posso dizer por uma sociedade racista, e consequentemente iremos reproduzir os atos discriminatórios impregnados em seus costumes, faz parte do processo.
No dia 3 de julho, no Brasil é comemorado o dia Nacional de Combate à discriminação Racial, data escolhida para homenagear a primeira Lei brasileira contra o preconceito, a Lei 1.390/51, que recebeu o nome do deputado Afonso Arinos, que estabeleceu o racismo é uma contravenção.
No decorrer dos anos, esta lei foi ganhando melhorias e novas leis foram criadas, visando proteger os direitos da população preta.
Texto desenvolvido GTdiversidade Casa Benjamina